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"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, de modo como falo, é um dom. Não entender, mas como um simples estado de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo." (Clarice Lispetor)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Vida Ingrata!

Oh vida ingrata!
O que há diante de ti que não sejas tão marcante?
Tão doloroso?
Estou aqui, tão triste a pensar
A lembrar.
Lembrar dos tempos em que outrora
Ele esteve ao meu lado
Que por culpa sua, não está mais aqui!
O calor do seu corpo era  o que me aquecia
O seu sorriso era o que me alegrava
O seu perfume era o que me perfumava ...
... o seu amor era o que me confortava ...
E agora?O que restou?
Talvez um pouco de lembrança
Que você, vida, me tirou!
Aos poucos também as lembranças
Vão-se embora
Assim como o meu amor que se foi.
Mas há algo que você
Vida Ingrata, não haverá de me tirar:
É a esperança que guardo no peito
Que à noite ao meu leito
Vem me visitar.

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