“Vou lhe mostrar agora um filtro sem poções, sem ervas e sem
qualquer outro encantamento de bruxas: se você deseja ser amado, ame.” (Sêneca)
Vítimas do prazer.
É o que fomos.
É o que somos: crianças inocentes à procura de
entretenimento. Quando a brincadeira ficou legal tudo acabou. Foi o fim.
O que era perfeito teve um desfecho trágico e todos os
brinquedos ficaram em pedaços.
Estraçalhados.
Destruídos sem chance de conserto. São marcas profundas que
permanecerão para sempre e que o futuro jamais apagará.
Sinto que somos fantoches de ventríloquos insanos que apenas
procuram satisfazer o próprio deleite. Quisemos ser felizes e compartilhar
nossas alegrias e acabamos por provar do nosso próprio veneno. Indiferença.
Dor. Solidão.
Foi uma tentativa frustrada. Só queríamos algo em troca:
reciprocidade.
Efeito do dar e do receber. Demos-lhes tudo e “nada” é o que
recebemos em troca.
Revolta? Não, apenas um desabafo.
Tristeza: Jamais. A experiência é que nos torna quem somos.
Agéis.
Perigosas.
Espertas.
Lindas.
Feiticeiras!
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